O que visitar em Bruxelas

Tempos houve em que Bruxelas foi uma das principais cidades a deter o monopólico comercial europeu. Hoje mantém os traços arquitetónicos dessa época áurea mas modernizou-se. Os seus chocolates são considerados dos melhores do mundo.

Atomium Bruxelas
Bruxelas foi o culminar de uma viagem que teve início na Holanda. A primeira paragem na Bélgica foi em Antuérpia, segui para Gent, Bruges e terminei na capital. A cidade revelou-se muito diferente do que esperava.
Apesar de Bruxelas ter bons museus, apenas visitei dois. Não sou uma grande conhecedora de banda desenhada, especialmente do Tintim, mas conhecer o Centro Belga de Banda Desenhada era incontornável. Até nem começou mal mas ao fim de algum tempo achei um pouco maçador para um visitante comum. No entanto, o edifício em ferro forjado e vidro, desenhado por Victor Horta, vale a visita.
Já relativamente aos Museus Reais de Belas-Artes, a história é outra. O conjunto de pinturas de arte flamenga e belga merecem o investimento de algumas horas. Há um quadro que nunca esqueci. "A Morte de Marat" de Jacques-Louis David é impressionante pelos seus pormenores realistas.

Museus Reais de Belas-Artes de Bruxelas
Enquanto capital da Europa, considerei importante conhecer o Parlamento Europeu. Apesar de sermos dezenas de pessoas, o percurso está bem organizado, com bastante sinalética e sempre acompanhado.

Parlamento Europeu
A Catedral de São Miguel e Santa Gúdula é a maior igreja de Bruxelas e tal como outras que vi na Bélgica, destaca-se pela imponência do seu interior, em particular dos vitrais e púlpito barroco.
Andando pelas ruas, descobrem-se edifícios emblemáticos da cidade. Destaco três: a Biblioteca Real da Bélgica, a Bolsa e o mais bonito é sem dúvida o Palácio Real.

Palácio Real de Bruxelas
No entanto, o local mais importante de Bruxelas é a Grand Place. Antigo centro económico e administrativo quando a cidade era um dos principais núcleos comerciais europeus, é dos melhores exemplos arquitetónicos. Os edifícios das antigas guildas estão hoje ocupados por museus, cafés, restaurantes e lojas de chocolates. Por aqui circulam centenas de pessoas diariamente que elevam o olhar para os pormenores decorativos. São fachadas, pináculos e muitas esculturas onde o colorido e o dourado combinam na perfeição.

Grand Place
Em redor da Grand Place, a agitação mantém-se. Em frente à estátua do Manneken-Pis há sempre grupos a fotografarem o pequeno a urinar. Tem centenas de fatos e nos vários dias em que passei, tinha sempre um diferente vestido.
Aqui é também o local ideal para fazer compras. As Galerias Reais de Saint-Hubert são cobertas e das mais antigas. Eu descobri algumas lojas interessantes e Bruxelas acabou por ser das cidades em que fiz mais compras. As chocolatarias têm um serviço muito bom, com provas prévias e aconselhamento direcionado para o gosto de cliente. Os chocolates têm um prazo de validade curto e devem estar refrigerados, por isso apenas os adquiri no último dia. As cervejas também são outra boa opção, em especial de 75cl. Em Portugal também se encontram mas a preços três vezes superiores. As gauffres embaladas são de boa qualidade, muito semelhantes às caseiras. Para acompanhar, trouxe vários tipos de chocolate para barrar.

Cervejas belgas
É também em redor da Grand Place que estão os spot’s mais turísticos para uma refeição. Durante o dia, o que é usual fazer é comer em andamento.Compra-se um cone de frites (batatas fritas) e vai-se passando na maionese enquanto se observam as montras. Para sobremesa, um crepe com recheio de chocolate num dos muitos balcões espalhados pela cidade. À noite, a Rue des Bouchers é muito concorrida. Faz-me lembrar a Rue Mercière, em Lyon, mas pior. Estreita, apinhada de pessoas, música, com os empregados à porta a mostrarem a ementa e a convidarem a entrar. Se um restaurante precisa de atrair os seus clientes…
A passagem por Bruxelas estaria incompleta sem a visita ao Atomium. Já fica fora do centro da cidade mas há metro. Representa uma molécula e foi construído em 1958 para a Exposição Universal da Bélgica.
Apesar da cidade não ter correspondido às minhas expectativas, há um pormenor extremamente especial. Perto das 23 horas ainda há vestígios de sol. Grupos de jovens concentram-se na Grand Place, sentam-se no chão em círculos, trazem uma viola, um saco de cervejas e assim passam a noite.

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