A visita à Jordânia fez parte de uma grande viagem que efetuamos pela agência de viagens de aventuras “Rotas do Vento”, que teve início na cidade do Cairo, no Egito, e terminou em Damasco, na Síria.
Chegamos à Jordânia de ferry, vindo de Nuweiba, no Egito, para a cidade portuária de Aqaba, na Jordânia. Demorámos cerca de 3 horas num “slow ferry”, um barco bastante confortável e espaçoso, com uma vista sobre o azul do Mar Vermelho deslumbrante.
Após as formalidades da alfândega, o guia jordano já se encontrava à nossa espera. Feitas as apresentações, entramos na carrinha e começamos a subir em direção ao parque Wadi Rum, uma viagem de cerca de 60 kms que durou 1 hora.
Wadi Rum
Ao chegarmos à entrada do parque, foi-nos apresentada a pessoa que iria ser responsável pela nossa estadia durante os 3 dias, bem como pelo acampamento e refeições. Um simpático beduíno, que falava pelos cotovelos, colocou as mochilas no tejadilho do Jeep e lá fomos nós.


Ainda passamos pela aldeia de Rum, onde se abasteceu de mantimentos e orgulhosamente nos disse que era o chefe de 4 famílias. Graças ao desenvolvimento turístico do parque, a aldeia possui escolas para meninos e meninas, algumas lojas e um posto médico.
À medida que vamos entrando no parque, apercebemo-nos o quanto este local é único, pelos imponentes promontórios rochosos, pelas montanhas e pela fina areia avermelhada.
O Wadi Rum é conhecido como “O Vale da Lua” e o nome Rum vem do aramaico que significa “alto”. Nos tempos pré-históricos, os Nabateus deixaram diversos vestígios, como pinturas e inscrições na pedra.
No século XX, o Wadi Rum esteve ligado ao oficial britânico Lawrance, que tinha a sua base de operações na região, durante a revolta árabe de 1917-18. O filme “Lawrence da Arábia” foi aqui filmado.
Durante 3 dias, dormimos em grandes tendas “comunitárias” com pessoas de várias nacionalidades.
Começavamos bem cedo e passavamos o dia a caminhar pelo parque.
No final do dia, voltavamos ao acampamento, onde os beduínos nos recebiam com um chá de menta e nos preparavam o jantar. Era nesta altura que os vários grupos se juntavam e trocavam experiências. Aqui conhecemos duas militares inglesas, em serviço no Iraque, que aproveitaram os dias de folga para fazer um trekking, e nos contaram como é estar em cenário de guerra. As noites eram passadas à conversa, que quebravam o silêncio absoluto, sob um céu estrelado.
Em baixo encontra-se o mapa da viagem que fizemos pela Jordânia.
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